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COLUNISTAS

A história dos pré-amplificadores

08/01/2023 - 23:29h
Atualizado em 08/01/2023 - 23:58h


 

 

Caro Leitor

Nesta coluna vamos falar de Pré-Amplificadores, sua evolução através do tempo e o que quer dizer alguns parâmetros.

O Pre-amp é o primeiro estágio e um dos mais importantes para o resultado final do trabalho. Faço aqui um paralelo com a fotografia, na qual, além de uma lente luminosa, você precisa de uma câmera (corpo) à altura. Se não, mesmo com todo esforço de edição, a foto ficará com uma aparência falsa.  É no pré que acontece a amplificação do sinal mais “frágil” de todo o signalpatch. Os Pré-amps recebem o sinal do microfone em torno de 0,025V (-30dBu) para entregar na saída um ganho total de aproximadamente 60dB na maioria dos casos.

 

 

Tipos de topologias

Ao longo dos anos, os projetistas criaram diversas topologias para circuitos preamps. No inicio da gravação elétrica comercial, só havia circuitos a válvula, básico em seu funcionamento. Esses usavam transformadores para acoplar o circuito e casar as impedâncias de entrada e saída do equipamento. Necessitava de uma fonte de alta voltagem para os anodos (placas) das válvulas e outra fonte de 6v para os filamentos.

 

 

 

 

Com a introdução dos transistores, em 1947, abriu-se um novo campo para as possibilidades de construir pré-amps menores, mais leves e com mais canais,mas só na década de 70 começoua ficar viável com a popularização do semicondutor. Na década de 80 os fabricantes japoneses apresentam ao mercado as soluções “semi-pro”, com uma linha de pré-amps multicanais e consoles de baixo custo. Lembrando que naquela época os consoles de primeira linha custavam na casa de cinco ou seis dígitos em dólares.Nos circuitos pré-ampsdos anos 80, foi largamente aplicado a configuração hibrida. Noventa por cento dos circuitos usavam transistores no primeiro estagio e amp-op nos demais até que a Burr- Brown desenvolveu circuitos integrados  para estagio de entrada de microfone e também para output drive. Foi uma excelente solução adotada por muitos fabricantes. Pois diminuiu bastante o custo de fabricação.

 

 

 

 

 

Então a partir dos anos 90, com a chegada da tecnologia SMD para o mercado aberto, os pré-amps foram ficando  mais compactos e baratos, porém com qualidade sonora inferior comparando os produzidos anteriormente.Desde o final da primeira década dos anos 2000 o mercado está repleto de opções de combos pré-amp + conversor (placa de som) para todos os gostos, atendendo o mercado home studio. Normalmente trate-se de um circuito bem compactado com poucos  ICs. Normalmente um para o pré-amp + AD, um microcontrolador e o IC para as portas USB, Firewire ou Thunderbolt.

 

 

Alguns Parâmetros:

Hoje temos uma gama enorme de opções. Desde as marcas clássicas de primeira linha, passando pelos handmades, os vintages e até os de baixo custo. Mas deve se observar alguns parâmetros nas especificações técnicas no manual do proprietário.

 

Relação sinal ruído: SNR

É comparação entre o nível mais alto de sinal e o nível do ruído presente. Quanto maior for o número, melhor.

 

Ruído de fundo: NOISE FLOOR

É a soma de todos os ruídos residuais que são percebidos na ausência dos sinais.Os ruídos podem vir de interferência eletromagnética ou pela alta capacitância entre os terminais dos componentes em SMD. Geralmente é maior em equipamentos com baixa qualidade.

 

Resposta de frequência: FREQUENCY RESPONSE

É o resultado da medição do nível do sinal com a variação de frequência. Geralmente essa medição é feita usando um analisador de áudio ou um gerador + um voltímetro AC em 0dB  @20Hz a 20kHz.Esse procedimento serve para entender o quão plano é a resposta do seu pré-amp. O parâmetro é importante mas não é decisivo. Os pré-ampsvalvulados não são exatamente planos.

 

 

 

 

 

 

THD : TOTAL HARMONIC DISTORTION

Distorção harmônica total é a soma dos níveis dos componentes harmônicos (Vrms) dividido pelo nível da fundamental (Vrms). Simplificando, quanto menor melhor. Embora em alguns casos um pouco de distorção harmônica traga uma identidade sonora.

 

SlewRate :

O slew rate é o máximo da saída de um amp-op por microssegundo. Na prática isso muda ligeiramente o timbre de alguns instrumentos, como pratos e caixa,no momento em que o sinal chega ao pico. Ou seja, naquele instante em que a baqueta encosta na superfície do instrumento.

 

 

A história dos pré-amplificadores
Cesar Portela

COMENTÁRIOS

O capacitor envelhece em um equipamento pouco usado também? Ou ele degrada principalmente com o uso? Por exemplo, um equipamento da década de 80 muito pouco usado precisaria de recap por desgaste do tempo?

- Henrique M

Ótimo, vai ajudar muito! Cesar é fantástico, ótima matéria!

- adriano vasque da

Saudades da Paranoia saudável que tínhamos no Freeeeeee Jazzzzzz Festival (imitando Zuza em suas apresentações magnificas) Parabéns Farat Forte abraço

- Ernani Napolitano

Artigo incrivel! Extremamente realista e necessário, obrigado mestre!

- Jennifer Rodrigues

Depois de 38 anos ouvindo o disco, eis q me deparo com a história dele. Multo bom!! Abrss

- Fernando Baptista Junqueira

Que maravilha de matéria, muito verdadeira é muito bem escrita, quem viveu como eu esta época, só pode agradecer pela oportunidade que Deus me concedeu. Vou ler todas, mas tinha que começar por esta… abraços…

- Caio Flávio

Só li verdades! Parabéns pela matéria Farat

- Guile

Ótimo texto Zé parabéns !!!!! Aguardando os próximos!!!

- Marco Aurélio

Adoro ver e rever as lives do Sá! Redescobri várias músicas da dupla valorizadas pela execução nas "Lives do Sá". Espero que esse trabalho volte de vez em quando. O Sá, juntamente com o Guilherme Arantes e o Tom Zé, está entre os melhores contadores de casos da MPB. Um livro com a história da dupla/trio escrito por ele seria muito interessante!

- Bruno Sander

Ontem foi um desses dias em que a intuição está atenta. Saí a caminhar pela Savassi sabendo que iria entrar naquela loja de discos onde sempre acho algo precioso em vinil. Já na loja, fui logo aos brasileiros e lá estavam o Nunca e o Pirão de Peixe em ótimo estado de conservação, o que é raríssimo. Comprei ambos. O 2º eu já tinha, meio chumbado. O Nunca eu conhecia de CD, e tem algumas das músicas que mais gosto da dupla, p. ex. Nuvens d'Água (acho perfeita), Coisa A-Toa (alusão à ditadura?), e outras. Me disseram que o F. Venturini é fã do Procol Harum, e realmente alguns solos de órgão dele fazem lembrar a banda inglesa.

- João Henrique Jr.

Que maravilha de matéria. Me transportei aos anos de ouro da música brasileira

- Sidney Ribeiro

Trabalho lindão. Parabéns à todos os envolvidos!

- Anderson Farias de Melo

O que dizer do melhor disco da música nacional(minha opinião). Tive o prazer em ver eles como dupla e a volta como trio em um shopping da zona leste de sampa. Lançamento do disco outra vez na estrada. Espero poder voltar a vê-los novamente, já que o Sa hoje mora fora do Brasil. E essa Pandemia, que isolou muito as pessoas. Obrigado por vocês existirem como músicos, poetas e instrumentistas. Vocês são F..., Obrigado, abracos

- Luiz antonio Rocha

Que maravilha Querido Paulinho Paulo Farat!! Obrigado por dividir conosco momentos tão lindos , pela maravilha de pessoa e imenso talento que Vc sempre teve, tem e terá, sempre estará no lugar certo e na hora certa ! Emocionante! Tive a honra de trabalhar muitas vezes com Vc, em especial na época do Zonazul , obrigado por tudo, parabéns pela brilhante carreira e que Deus Abençõe sempre . Bjbj

- Michel Freidenson

Mais uma vez um texto sensacional sobre a história da música e dos músicos brasileiros. Parabéns primo e obrigado por manter viva a memória dessas pessoas tão especiais para nós E vai gravar o vídeo desta semana! Kkkk

- Carlos Ronconi

Grande Farat!!! Bacana demais a coluna! Cheio de boas memorias pra compartilha!!!

- Luciana Lee

Valeu Paulo Farat por registrar nosso trabalho com tanto carinho e emoção sincera. Foram momentos profissionais muito importantes para todos nós. Inesquecíveis ! A todos os membros de nossa equipe,( e que equipe! ) Nosso Carinho e Saudades ! ???? ???????????????????? Guilherme Emmer Dias Gomes Mazinho Ventura Heitor TP Pereira Paulo Braga Renato Franco Walter Rocche Hamilton Griecco Micca Luiz Tornaghi Carlão Renato Costa Selma Silva Marilene Gondim Cláudia Zettel (in memoriam) Cristina Ferreira Neuza Souza

- Alberto Traiger

Depois de um ano de empresa 3M pude fazer o bendito carnê e comprei uma vitrolinha (em 12X) e na mesma hora levei Pirão, Quatro (Que era o novo), Es´pelho Cristalino e Vivo do Alceu, fiquei um ano ouvindo e pirando sem parar, depois vi o show do Quatro em Campinas. Considero o mais equilibrado de todos, sendo que sempre pendendo pro rural e nem tanto pro urbano, um disco atemporal podendo ser ouvido em qualquer situação, pois levanta o astral mesmo. No momento, Chuva no campo é ''a favorita'', mas depois passa e vem outra, igualzinho à aquela banda de Liverpool, manja????

- Ademilson Carlos de Sá

B R A V O!!! Paulo Farat não esqueça: “Afina isso aí moleque!” Hahahaha Tremendo profissional, sou teu fã, Grande abraço!

- Dudu Portes

Show é sensacional. Mas a s sensação intimista de parecer que a live é um show particular, dentro da sua casa, do seu quarto, é impagável. Parabéns família, incluindo Guarabyra e Tommy...

- Ricardo Amatucci

Paulo Farat vai esta nas lives do Papo Na Web a partir de amanha apresentando "Os Albuns Que Marcaram As Nossas Vidas"" Não percam, www.facebook.com/depaponaweb todas as terças-feiras as 20:00 horas

- Carlos Ronconi

Caro Luiz Carlos Sá, as canções que vocês fazem são maravilhosas, sinto a energia de cada uma. Tornei-me um admirador do trabalho de vocês no final dos anos 1970 com o LP Quatro e a partir de então saí procurando os discos de vocês, paguei um preço extorsivo pelo vendedor, os LP's "Casaco Marrom" do Guarabyra e "Passado, Presente e Futuro" (primeiro do Trio), mas valeu. tenho todos em LP's e CD's até o Antenas, depois desse só em CD's e o DVD "Outra Vez Na Estrada" exceto o mais recente "Cinamomo" mas em breve estarei com ele para curtir. A última vez que vi um show da dupla (nunca vi o trio em palco), foi no Recife no dia 16/04/2016 na Caixa Cultural, vi as duas apresentações. Levei dois bolos de rolo pra vocês, mas o Guarabyra não estava. Quero registrar que tenho até o LP "Vamos Por Aí", todos autografados, que foi num show feito no Teatro do Parque, as apresentações seriam nos 14,15 e 16/10/1992 mas o Guarabyra perdeu o voo e só foram dois dias, no dia do seu aniversário e outro no dia 16. Inesquecível. Agora estou lendo essas crônicas maravilhosas. Grande abraço forte e fraterno e muita saúde e sucesso pra vocês, sempre. P.S. O meu perfil no Facebook é Xavier de Brito e estou lá como Super Fã.

- Edison Xavier de Brito

Me lembro de ter lido algumas destas crônicas dos discos quando voce as publicou no Facebook em 2013, Sá. Muito emocionante reler e me emocionar de novo. Voces foram trilha sonora importantíssima dos últimos anos da minha vida. Sou de 1986, portanto de uma geração mais nova que escuta voces. Gratidão e vida longa a voces!

- Luiz Fernando Lopes

Salve!!! Que maravilha conhecer essas histórias de discos que fazem parte da minha vida. Parabéns `à Backstage e ao Sá! E, claro, esperando a crônica do Pirão. Esse disco me acompanha há mais de quarenta anos! Minhas filhas escutaram desde bebês e minha neta, que vai nascer agora em setembro, vai aprender a cantar todas as músicas!

- Maurício Cruz

com esse time de referências musicais (exatamente as minhas) mais o seu talento, não tem como não fazer música boa!!!! parabéns!!! com uma abraço de um fã que ouve seus discos desde essa época!

- nico figueiredo

Boa noite amigo, gostei muito das suas explicações, pois trabalho com mix gosto muito mesmo e assistindo você falando disso tudo gostei muito um abraço.

- Rubens Miranda Rodrigues

Obrigado Sá, obrigado Backstage, adoro essas histórias, muito bom, gostaria de ouvir histórias sobre as letras tbém, abç.

- Robson Marcelo ( Robinho de Guariba SP )

Esperando ansioso o Pirão de Peixe e o 4. Meu primeiro S&G

- Jeferson

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