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COLUNISTAS

Ninguém nota o que funciona - Parte 4

12/01/2022 - 09:22h
Atualizado em 12/01/2022 - 11:39h


 

           
O Grande Valor de um Pequeno Esforço            
 

 

Iniciei minha participação nesta coluna listando os seguintes itens como essenciais para a qualidade na produção técnica: esforço, planejamento, comunicação, agendamento de tempo, acompanhamento, medição e manutenção, para que a tal da entropia não faça uma boa qualidade se degradar para a mediocridade ou pior.

 

Entre estes elementos essenciais, já vimos a integração da equipe e a comunicação, o minimizar das vulnerabilidades e aprender através das “batalhas.”Retomando ositens, vamos considerar o “esforço.” Existem muitas oportunidades para esforço na produção técnica, mas hoje quero focar em um ângulo que a minha experiência revela faltar com alguma frequência entre muitas equipes e suas lideranças.

 

Na primeira publicação nesta coluna, defini como comunicação de qualidade:

 

 

Aquela que foi pensada para
ser compreendida por quem a recebe
e realizada com antecedência suficiente
para que a pessoa possa atentar
aos detalhes que ela requer.

 


Na pressão gerada por contornar situações como um problema técnico, como a indisponibilidade de um membro da equipe ou uma mudança repentina na programação, é importantese fazer um esforço para considerar a personalidade de quem receberá a nossa comunicação. E isto só tem como ocorrer se fizemos um esforço prévio para conviver com esse membro da equipe e conhecer como ele ou ela entende e processa as coisas. Pois é com base na nossa vivência que saberemos escolher a melhor forma de nos comunicar.

 

Isto me leva a comentar um dos aspectos que mais me inspiram no contexto atual da tecnologia de produção na igreja. Os avanços da tecnologia que, teoricamente,promoveriam a melhor comunicação e compreensão entre as pessoas acabaram gerandoum isolamento inéditona história da raça humana.As pessoas passam horas focadas em um dispositivo, consumindo conteúdo do seu interesse sob demanda.É justamente nestes tempos que realizar com qualidade a produção técnica de um culto envolvendo som, iluminação, vídeo e streaming resulta deum movimento contrário ao isolamento – impulsionando os membros da equipe a se considerarem e importarem uns com as necessidadesdos outros.

 

 

Realizar com qualidade
as funções de produção técnica
de um culto
gera um movimento contrário
por impulsionar os membros da equipe
a considerarem e se importarem
uns com os outros!

 

 

Novamente o apóstolo Paulo define com sabedoria divina: 

Da mesma forma que nosso corpo tem vários membros e cada membro, uma função específica, assim é também com o corpo de Cristo. Somos membros diferentes do mesmo corpo, e todos pertencemos uns aos outros. Deus, em sua graça, nos concedeu diferentes dons[...] Amem as pessoas sem fingimento. Odeiem tudo que é mau. Apeguem-se firmemente ao que é bom. Amem-se com amor fraternal e tenham prazer em honrar uns aos outros.

Romanos 9-4.12 NVT

 

 

Daí vemos que os esforços dedicados a comunicação de qualidade têm validade não apenas no contexto da produção técnica, mas se enquadram plenamente no plano superior e divino de cuidado e consideração mútua entre membros da mesma comunidade,os que Paulo compara com um corpo.  Além doaspecto positivo do esforço pela boa comunicaçãona produção técnica,vale a pena considerar os efeitos causados pela ausência desse esforço pela comunicação.

 

A pandemia nos privou da presença de um camarada fenomenal com quem servi no som por 17 anos. Ele assumia a liderança formal do som da igreja enquanto eu cuidava dos aspectos técnicos. Uma frase dele ficou gravada em minha memória, por definir precisamente o meu sentimento sobre dedicação e esforço ao servir nessa área: “Se vou dedicar uma parte do meu tempo para estar aqui, vou me esforçar para que meu serviço tenha a melhor qualidade possível.”

 

 

Muitos líderes reclamam
cobrando qualidade e desempenho
sem levar em conta que
é isto o que mais deseja
um voluntário sério que renuncia
outras coisas para servir.

 

 

Um dos elementos que mais obriga os membros da equipe a trabalhar com maior esforçoe alcançar resultados de qualidade inferioré justamente a ausência da comunicação de qualidade.

 

 

A ausência de recursos
obriga a equipe
a trabalhar mais
para alcançar
resultados inferiores

 


Enquanto isto pode parecer óbvio, me entristece poder afirmar quea expressiva maioria da minha experiência ao servir à igreja nesses 40 anos foi caracterizada por esta frustração em algum nível de intensidade. E enquanto a ausência de recursos financeiros pode ser compreendida, devido às circunstâncias econômicas do país em diversas épocas deste período, o mais lamentável é que muitas vezes o que impedia as equipes técnicas de alcançar sua máxima qualidade eram informações de custo zero.

 

Por volta dos meus 20 anos de serviço nessa área, eu lia um texto devocional do Pr. Charles Swindoll em que a seguinte frase me saltou aos olhos:

 

 

A diferença entre
um serviço regular
e um de excelência
consiste em detalhes

 

 

Para muitos dos que desconhecem a imensidão de variáveis que podem comprometer uma produção técnica, os elementos importantes para nós da produção podem parecer apenas “meros detalhes.”

 

Felizessão as equipes e lideranças que se dedicam ao esforço de compreensão mútua em que estes detalhes são conhecidos, respeitados e é praticada a comunicação de qualidade para evitaros empecilhos à excelência na produção do culto.

 

Mais um detalhe neste sentido, com o perdão de alguma redundância,

 

 

Cuidar dos detalhes
que promovem a excelência
numa produção
requer tempo
e concentração
!

 

 

Fica claro, então, que quando um membro da equipe – principalmente um voluntário – não recebe informações pertinentes à sua funçãocom antecedência suficiente para aliar o seu conhecimento técnico à criatividade,e extrair a máxima qualidade do seu tempo de serviço, ele estará condenado a passar o tempo que dedica a servir produzindo umaqualidade inferior do que ele poderia ou, melhor,desejaria produzir!

 

 

 

Na ilustração acima, vemos a reclamação sobre o quadro estar torto, porém a questão da parede trincada,que faz o quadro entortar, é muitas vezes ignorada. Como vimos recentemente, nas situações em que recebemos materiais sem tempo hábil para o preparo, etrabalhamos sem ser comunicados sobre elementos que impactam a qualidade do nosso trabalho de produção, acontecem trincas que comprometem a estabilidade do trabalho. Mas a maioria observará o resultado superficial do quadro torto.

 

Usei o termo voluntário logo acima, e cabe fazer uma observação. Sei que há quem discorde, mas no meu entender, o desejo de servir à igreja e, em última análise, a Deus, não pode ser influenciado por haver ou não remuneração. Ou seja, se eu me disponho a servir de graça ou numa função remunerada, a proporção da minha dedicação não deve se alterar. Isto é especialmente relevante neste contexto em que atuamos no espaço de tempo santo que uma comunidade separa para cultuar a Deus. Indo um pouco mais fundo no aspecto teológico:

 

 

Quem reconhece ter recebido de Deus uma habilidade ou talento
e as oportunidades de desenvolver o seu potencial,
usa essas habilidades e conhecimento
como forma de adoração
quando devolve ao seu Criador aquilo que Dele recebeu

 

 

A Bíblia está repleta de exemplos da desaprovação de Deus por adoração malfeita.

 

Mesmo analisando da perspectiva do mercado secular, Ken “Pooch” Van Druten, um engenheiro de sonorização de primeira linha (sua lista de bandas e artistas é extensa demais para incluir aqui), afirmou: “Se me proponho a trabalhar por um dólar, o meu cliente receberá os mesmos 100% de Pooch do que se eu recebesse remuneração maior.”

 

Nos eventos de desenvolvimento de liderança que hospedávamos na última igreja em que trabalhei, uma frase conseguiu se cravar na minha mente,apesar de eu estar na correria da direção técnica do evento.A frase proferida por Allen Catherine Kagina é esta:

 

 

Para Deus não existe diferença
entre trabalho secular e religioso,
somos nós humanos que
construímos essas paredes.

 

 

A ideia de que um voluntário está desculpado por não servir com qualidade não faz sentido para mim. Compreendo que ele está sujeito a limitações por atividades essencialmente prioritárias como seu emprego e família, porém, quando estiver servindo, o seu empenho deve ser alcançar o máximo de qualidade. – E cabe aos que o lideram e servem junto com ele terem a consideração de lhe prover o necessário para isto.

 

A frustração de ver tempo e esforço que poderiam resultar em alta qualidade desperdiçada é real. E vale aos responsáveis atentarem para as advertências de Cristo que mencionei no final da minha terceira publicação.

 

E o Rei dirá: ‘Eu lhes digo a verdade: quando fizeram isso ao menor destes meus irmãos, foi a mim que o fizeram. [...] Ele responderá: ‘Eu lhes digo a verdade: quando se recusaram a ajudar o menor destes meus irmãos e irmãs, foi a mim que se recusaram a ajudar’.”

Mateus 25:40,45 NVT

 

Considerar a qualidade técnicaisolada daquilo que é provido, ou não, pela liderança é perda de tempo e resultará em desgaste e frustração. Ao ministrar workshops ao redor do país, o mais comum era encontrar o desânimo entre os que servem. E é justamente no estudo do tema liderança que aprendemos que:

 

O clima em uma organização ou equipe é um reflexo direto da sua liderança.

 

Um esforço de comunicação, de custo virtualmente zero, pode evitar situações em que a qualidade é comprometida. Conheça o jeito de ser dos membros da sua equipe, coloque-se no lugar de quem receberá a sua comunicação, adeque as suas palavras e informe, com antecedência suficiente, o que for necessário para que o trabalho seja feito com atenção aos detalhes. Isto contribuirá para colocar a sua equipe na rota da excelência. E quando “o quadro entortar” não foque apenas no superficial, abra o zoom para analisar toda a conjuntura, pois afalha em evidência pode ser apenas a pontinha do iceberg!

 

Até a próxima!

Ninguém nota o que funciona - Parte 4
David Distler

COMENTÁRIOS

O capacitor envelhece em um equipamento pouco usado também? Ou ele degrada principalmente com o uso? Por exemplo, um equipamento da década de 80 muito pouco usado precisaria de recap por desgaste do tempo?

- Henrique M

Ótimo, vai ajudar muito! Cesar é fantástico, ótima matéria!

- adriano vasque da

Saudades da Paranoia saudável que tínhamos no Freeeeeee Jazzzzzz Festival (imitando Zuza em suas apresentações magnificas) Parabéns Farat Forte abraço

- Ernani Napolitano

Artigo incrivel! Extremamente realista e necessário, obrigado mestre!

- Jennifer Rodrigues

Depois de 38 anos ouvindo o disco, eis q me deparo com a história dele. Multo bom!! Abrss

- Fernando Baptista Junqueira

Que maravilha de matéria, muito verdadeira é muito bem escrita, quem viveu como eu esta época, só pode agradecer pela oportunidade que Deus me concedeu. Vou ler todas, mas tinha que começar por esta… abraços…

- Caio Flávio

Só li verdades! Parabéns pela matéria Farat

- Guile

Ótimo texto Zé parabéns !!!!! Aguardando os próximos!!!

- Marco Aurélio

Adoro ver e rever as lives do Sá! Redescobri várias músicas da dupla valorizadas pela execução nas "Lives do Sá". Espero que esse trabalho volte de vez em quando. O Sá, juntamente com o Guilherme Arantes e o Tom Zé, está entre os melhores contadores de casos da MPB. Um livro com a história da dupla/trio escrito por ele seria muito interessante!

- Bruno Sander

Ontem foi um desses dias em que a intuição está atenta. Saí a caminhar pela Savassi sabendo que iria entrar naquela loja de discos onde sempre acho algo precioso em vinil. Já na loja, fui logo aos brasileiros e lá estavam o Nunca e o Pirão de Peixe em ótimo estado de conservação, o que é raríssimo. Comprei ambos. O 2º eu já tinha, meio chumbado. O Nunca eu conhecia de CD, e tem algumas das músicas que mais gosto da dupla, p. ex. Nuvens d'Água (acho perfeita), Coisa A-Toa (alusão à ditadura?), e outras. Me disseram que o F. Venturini é fã do Procol Harum, e realmente alguns solos de órgão dele fazem lembrar a banda inglesa.

- João Henrique Jr.

Que maravilha de matéria. Me transportei aos anos de ouro da música brasileira

- Sidney Ribeiro

Trabalho lindão. Parabéns à todos os envolvidos!

- Anderson Farias de Melo

O que dizer do melhor disco da música nacional(minha opinião). Tive o prazer em ver eles como dupla e a volta como trio em um shopping da zona leste de sampa. Lançamento do disco outra vez na estrada. Espero poder voltar a vê-los novamente, já que o Sa hoje mora fora do Brasil. E essa Pandemia, que isolou muito as pessoas. Obrigado por vocês existirem como músicos, poetas e instrumentistas. Vocês são F..., Obrigado, abracos

- Luiz antonio Rocha

Que maravilha Querido Paulinho Paulo Farat!! Obrigado por dividir conosco momentos tão lindos , pela maravilha de pessoa e imenso talento que Vc sempre teve, tem e terá, sempre estará no lugar certo e na hora certa ! Emocionante! Tive a honra de trabalhar muitas vezes com Vc, em especial na época do Zonazul , obrigado por tudo, parabéns pela brilhante carreira e que Deus Abençõe sempre . Bjbj

- Michel Freidenson

Mais uma vez um texto sensacional sobre a história da música e dos músicos brasileiros. Parabéns primo e obrigado por manter viva a memória dessas pessoas tão especiais para nós E vai gravar o vídeo desta semana! Kkkk

- Carlos Ronconi

Grande Farat!!! Bacana demais a coluna! Cheio de boas memorias pra compartilha!!!

- Luciana Lee

Valeu Paulo Farat por registrar nosso trabalho com tanto carinho e emoção sincera. Foram momentos profissionais muito importantes para todos nós. Inesquecíveis ! A todos os membros de nossa equipe,( e que equipe! ) Nosso Carinho e Saudades ! ???? ???????????????????? Guilherme Emmer Dias Gomes Mazinho Ventura Heitor TP Pereira Paulo Braga Renato Franco Walter Rocche Hamilton Griecco Micca Luiz Tornaghi Carlão Renato Costa Selma Silva Marilene Gondim Cláudia Zettel (in memoriam) Cristina Ferreira Neuza Souza

- Alberto Traiger

Depois de um ano de empresa 3M pude fazer o bendito carnê e comprei uma vitrolinha (em 12X) e na mesma hora levei Pirão, Quatro (Que era o novo), Es´pelho Cristalino e Vivo do Alceu, fiquei um ano ouvindo e pirando sem parar, depois vi o show do Quatro em Campinas. Considero o mais equilibrado de todos, sendo que sempre pendendo pro rural e nem tanto pro urbano, um disco atemporal podendo ser ouvido em qualquer situação, pois levanta o astral mesmo. No momento, Chuva no campo é ''a favorita'', mas depois passa e vem outra, igualzinho à aquela banda de Liverpool, manja????

- Ademilson Carlos de Sá

B R A V O!!! Paulo Farat não esqueça: “Afina isso aí moleque!” Hahahaha Tremendo profissional, sou teu fã, Grande abraço!

- Dudu Portes

Show é sensacional. Mas a s sensação intimista de parecer que a live é um show particular, dentro da sua casa, do seu quarto, é impagável. Parabéns família, incluindo Guarabyra e Tommy...

- Ricardo Amatucci

Paulo Farat vai esta nas lives do Papo Na Web a partir de amanha apresentando "Os Albuns Que Marcaram As Nossas Vidas"" Não percam, www.facebook.com/depaponaweb todas as terças-feiras as 20:00 horas

- Carlos Ronconi

Caro Luiz Carlos Sá, as canções que vocês fazem são maravilhosas, sinto a energia de cada uma. Tornei-me um admirador do trabalho de vocês no final dos anos 1970 com o LP Quatro e a partir de então saí procurando os discos de vocês, paguei um preço extorsivo pelo vendedor, os LP's "Casaco Marrom" do Guarabyra e "Passado, Presente e Futuro" (primeiro do Trio), mas valeu. tenho todos em LP's e CD's até o Antenas, depois desse só em CD's e o DVD "Outra Vez Na Estrada" exceto o mais recente "Cinamomo" mas em breve estarei com ele para curtir. A última vez que vi um show da dupla (nunca vi o trio em palco), foi no Recife no dia 16/04/2016 na Caixa Cultural, vi as duas apresentações. Levei dois bolos de rolo pra vocês, mas o Guarabyra não estava. Quero registrar que tenho até o LP "Vamos Por Aí", todos autografados, que foi num show feito no Teatro do Parque, as apresentações seriam nos 14,15 e 16/10/1992 mas o Guarabyra perdeu o voo e só foram dois dias, no dia do seu aniversário e outro no dia 16. Inesquecível. Agora estou lendo essas crônicas maravilhosas. Grande abraço forte e fraterno e muita saúde e sucesso pra vocês, sempre. P.S. O meu perfil no Facebook é Xavier de Brito e estou lá como Super Fã.

- Edison Xavier de Brito

Me lembro de ter lido algumas destas crônicas dos discos quando voce as publicou no Facebook em 2013, Sá. Muito emocionante reler e me emocionar de novo. Voces foram trilha sonora importantíssima dos últimos anos da minha vida. Sou de 1986, portanto de uma geração mais nova que escuta voces. Gratidão e vida longa a voces!

- Luiz Fernando Lopes

Salve!!! Que maravilha conhecer essas histórias de discos que fazem parte da minha vida. Parabéns `à Backstage e ao Sá! E, claro, esperando a crônica do Pirão. Esse disco me acompanha há mais de quarenta anos! Minhas filhas escutaram desde bebês e minha neta, que vai nascer agora em setembro, vai aprender a cantar todas as músicas!

- Maurício Cruz

com esse time de referências musicais (exatamente as minhas) mais o seu talento, não tem como não fazer música boa!!!! parabéns!!! com uma abraço de um fã que ouve seus discos desde essa época!

- nico figueiredo

Boa noite amigo, gostei muito das suas explicações, pois trabalho com mix gosto muito mesmo e assistindo você falando disso tudo gostei muito um abraço.

- Rubens Miranda Rodrigues

Obrigado Sá, obrigado Backstage, adoro essas histórias, muito bom, gostaria de ouvir histórias sobre as letras tbém, abç.

- Robson Marcelo ( Robinho de Guariba SP )

Esperando ansioso o Pirão de Peixe e o 4. Meu primeiro S&G

- Jeferson

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