Aldir deu entrada na Coordenação de Emergências do Leblon em 10 de abril, com infecção urinária e pneumonia. De lá, foi transferido para o hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, onde foi diagnosticada a Covid-19, em 23 de abril, registrada como causa da morte do compositor.
A parte da obra mais conhecida do letrista é fruto da parceria com João Bosco, mas as cerca de 600 canções gravadas de Aldir comportam parcerias com Guinga, Moacyr Luz, Cristovão Bastos, Maurício Tapajós e Carlos Lyra entre muitos outros.
Entre os inúmeros clássicos da música brasileira que Aldir Blanc compôs estão Bala com Bala, O Mestre-sala dos Mares, Dois pra Lá, Dois pra Cá, De Frente pro Crime, Incompatibilidade de Gênios, Transversal do Tempo e o hino da anistia, com a volta dos exilados pela ditadura civil/militar nos anos 70, O Bêbado e a Equilibrista, que tem sua versão clássica interpretada por Elis Regina, responsável pela popularização da obra de Bosco e Aldir.
Vascaíno, formado em medicina, Aldir também foi escritor com 11 livros lançado. Entre eles, Rua dos Artistas e Arredores, Porta de Tinturaria e a homenagem ao time de coração, em parceria com José Reinaldo Marques, o livro Vasco - a Cruz do Bacalhau.
Nascido em 2 de setembro de 1946, Aldir Blanc faleceu em 4 de maio de 2020.