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SUMÁRIO / Sumário

Mosh Studios: A história do áudio da música brasileira está aqui

05/10/2021 - 09:56h
Atualizado em 17/11/2021 - 16:04h



Reportagem: Miguel Sá | Fotos: Divulgação

 

Ao mesmo tempo em que fazia sucesso nos anos 70, vendendo milhões de cópias e fazendo shows como baixista dos Pholhas (composta ainda por Bitão nas guitarras e vocais, Paulo Fernandes na bateria e vocais e Hélio Santisteban, falecido em 2018, aos 69 anos, nos teclados e vocais), Oswaldo Malagutti Jr, nascido em São Paulo, no dia 26 de maio de 1947, acumulava conhecimento nos estúdios da RCA. Foi na gravadora, da qual sua banda fazia parte do casting, que o músico acompanhou os avanços tecnológicos do áudio e se interessou mais e mais por eletrônica.

 

O interesse simultâneo por produção musical e eletrônica levou o músico, naturalmente, ao caminho de ter um estúdio próprio: o Mosh Studio, fundado, em 1979, por ele e Hélio Santisteban.  Já no início, o selo WEA, da Warner, levou mais de 50 LPs de artistas desde sertanejos raiz até da música popular de grade vendagem na época.

 

O Mosh foi crescendo, durante os anos 80, também nas trilhas do próspero mercado publicitário de então. Isso com um time de primeira: Guarabyra, da dupla Sá & Gurabyra, compunha os jingles tocados por  Pedrinho Batera e Pedro Bandanza - respectivamente bateria e baixo do Som Nosso de Cada dia - Ruriá Duprat, tecladista e arranjador sobrinho de Rogerio Duprat, Ricardo Cristaldi, que tocou com Caetano Veloso entre diversos outros grandes nomes da MPB, e muitos outros craques. Desta forma, aos poucos o estúdio começava a se preparar para a grande virada que se configurava, no fim dos anos 80, com o fim dos estúdios de gravadora.

 

Dos anos 90 em diante o estúdio muda de lugar, cresce e se torna um grande protagonista na elite do mercado fonográfico, tudo sob a batuta incansável de Oswaldo, já sozinho na empresa desde 1984. Da MPB tradicional ao sertanejo, todos os artistas que vendem mais e são os mais premiados passaram pelas cinco salas do estúdio ampliado, até que, em fins de 2010, a maré vira, com o fim do período áureo dos grandes estúdios de locação.

 

 

No entanto, o Mosh Studio continua aí. Não sem sofrer as consequências das mudanças no mercado fonográfico e pandemia, mas firme e forte, trabalhando sempre, porque é um lugar que tem equipamentos, profissionais e a história que Oswaldo Malagutti nos conta aqui com exclusividade.

 

Durante esses anos todos você acompanhou todas as mudanças tecnológicas também. Desde mixar em fita de ¼ e gravando em uma polegada com 16 canais até os infindáveis canais do Pro Tools. Como foi isso?

Isso foi porque eu vim daquela história... Quando entrei na RCA, em 1972, já comecei lá a ver como era o “crime”. Como era profissionalmente, como se trabalha, como é que compra, que equipamento é bom, porque eu sempre fui muito ligado em eletrônica. Desde a época da banda Pholhas eu já montava meu próprio amplificador. Por isso foi fácil entrar no estúdio. E eu não sou o dono de estúdio que tem dinheiro. Pelo contrário, eu não tenho dinheiro.

 

Tudo o que eu investi no Mosh veio da música, não foi família que me emprestou. Eu ganhava dinheiro e investia no estúdio.

 

Então você perguntou se eu acompanhei todo o desenvolvimento tecnológico... Sim, porque tudo o que foi comprado para o Mosh, e foi muita coisa, você nem imagina, foi absurdo, eu ia lá fora, ia na fábrica em não sei onde... Tudo fora do Brasil. Também aprendi muito sobre manutenção de equipamento. Lá na RCA, eles tinham um estudiozinho. Em 72 trocou a presidência da gravadora na America Latina e foi nessa que comecei a gravar com a minha banda. O presidente da gravadora era um cara chamado Gil Beltran, um cubano radicado nos estados unidos que era técnico e ligado na parte artística e gostava muito de áudio. Quando o Gil chegou no Brasil, ele viu os estúdios da RCA, com a mesinha xinfroiode lá... quatro canais, ele falou, não... para com isso. Vamos trocar todo esse equipamento e colocar igual a como temos lá em Nova York. E assim foi. Compraram mesas Neve tanto para São Paulo como para o Rio. E eu acompanhei tudo isso. Tudo o que você pode imaginar que teve dos anos 70 pra frente. Passei por toda essa fase das mesas, dos gravadores, da parte de sintetizadores, de eletrônica, tudo o que você viu na música eu comprei e vi catálogo pra caramba, e vi gente tocar e tentei tocar também. Tudo o que você imagina. Inclusive, aí um pouco mais recente, comprando Pro Tools. Eu posso falar porque tive a oportunidade de ter essas coisas, não só ler. Eu ia lá e fuçava mesmo. Como eu sempre gostei de eletrônica, sempre me dei bem nessa área de equipamento. Até hoje estou inteirado inclusive musicalmente.

 

 

Você é baixista, fez show também...

Só para você entender: fiz mais de 1500 shows tocando como baixista dos Pholhas. Quando os estouramos, fizemos o Fantastico no Rio de Janeiro, na Globo, e era preto e branco ainda, com direção do Mauricio Sherman e tal... Toda essa parte de TV, Globo de ouro, Silvio Santos Chacrinha, nós fizemos. Tocamos bastante no Brasil inteiro. Faziamos 10, 12 shows por mês com caminhão, equipamento...  Eu vivi tudo isso de 1969 até hoje e digeri tudo o que aconteceu de equipamento, de música, gravação de artista, convivência, direitos artísticos, autorais,etc. Isso porque sou compositor e ainda recebo dos Pholhas.

 

Inclusive os Pholhas hoje tem quase 100 milhões de visualizações na internet, em várias publicações. Se você entrar no Youtube você vai ver. Tem um vídeo com 30 milhões de visualizações.

 

Que equipamentos usava com os Pholhas?

Eu devo muito ao Carlos Alberto Lopes, o Sossego, falecido aos 82 anos ano passado, que foi dono da fábrica de amplificadores Palmer. Ele também trabalhou na Giannini e foi, praticamente, quem introduziu as Fender no Brasil. Foi também disc jóquei nos anos 50, 60 e 70. Era especializado em tudo o que você imagina do rock n roll antigo: Shadows, The Ventures, Elvis... Conheci o sossego em 66, 67. Ele já era 10 anos mais velho que eu e foi quem me levou para a Inglaterra com uns vinte e poucos anos. Aí que fui entender como era esse lance de comprar equipamento. O sossego era representante da firma Binson, que tinha as camaras de eco Binson. Como o Sossego era o representante, fui com ele na Inglaterra e comprei minha primeira câmara de eco Binson Echorec 2, que muita gente usava no Brasil e no mundo, principalmente os conjuntos de baile.  Lá fora era o som do Pink Floyd e muitas outras bandas. Pude conhecer os donos e a fábrica no começo dos anos 70.  A câmara simulava um ambiente bem profundo. Usávamos nas vozes, cantando e já gravando com o efeito. Em My Mistake, com o Santisteban no vocal, dá pra ver bem esse eco profundo. Aumentava a presença da voz e, como não tinha afinação de plug-in naquele tempo, o eco ajudava a dar aquela arredondada. Quando levei isso pra RCA era uma coisa fora da casinha. O pessoal ficava “o que esse cabeludo aí fica trazendo esses equipamentos que não servem no estúdio?“, porque não era equipamento de estúdio, era pra usar ao vivo. Mas nós usamos.

 

 

Como o Pholhas construiu o som nos discos? Vocês influenciavam nisso?

Todos os discos antigos dos Pholhas foram gravados nos estudios da RCA, em São Paulo. O primeiro disco foi um compacto duplo gravado em quatro canais que vendeu um milhão de cópias. Isso antes da troca do equipamento que o Gil Beltran fez em 1973.  Os demais discos, até 1978, já foram gravados em 16 canais com a Mesa Neve 8028 e gravadores Ampex. Lembro que, no primeiro disco, usamos aqueles microfones Telefunken, super caros, mas achamos que o som ficava muito tipo Roberto Carlos, e a gente tinha aquela referência do baile...  Depois eu trouxe da Inglaterra os AKG D1200, porque eu tinha visto no Top of the pop, na BBC, o Elton John usar.  Eu trouxe quatro. Nós já gravávamos juntos e não tinha muito o que mixar porque não tinha muita coisa separada, e deu certo. Até hoje dou muita entrevista falando dos Pholhas, porque chegou nos filhos e nos netos dos fãs.

 

Como você decidiu ter um estúdio?

Em uma determinada época, talvez até a década de 70, as gravadoras tinham seu próprio estúdio. Fora do Brasil também era assim.

 

Com o tempo as gravadoras viram que isso dava muita despesa e era mais fácil eles contratarem estúdios de terceiros porque, às vezes, a gravadora tinha o próprio estúdio e o artista queria gravar em um outro lugar. Então acontecia a situação na qual a gravadora estava com o estúdio dela parado e pagando um outro porque o artista não queria gravar no dela,

 

aí as gravadoras começaram a se desfazer de seus estúdios. A RCA, no Rio, vendeu para a Cia dos Técnicos. As outras também se desfizeram dos seus. E aí eu tive a sorte, quer dizer, o Mosh teve a sorte de ampliar em uma época boa, que foi justamente na chegada do CD. Isso foi em 91. Foi nessa época que o Mosh mudou de casa. E por quê? O Mosh começou em 79 e na verdade era pequeno perto de outros por aí. Então fomos crescendo, crescendo e depois de uns nove anos, mais ou menos, fazendo jingles, o que dava uma graninha boa, nos mudamos para este lugar em que estou há 33 anos. Foi um ano de construção, e em 89 comecei a gravar.

 

Tem uma época que você pode dizer que foi um momento áureo dos estúdios?

Sim.

 

Todo mundo sabe que a época áurea dos estúdios foi dos anos 90 até 2005, mais ou menos uns 15 anos. Todos os estúdios gravavam. Estava tudo sempre lotado, no Rio e em São Paulo, gravando pra caramba. Isso foi uma época áurea que perdurou uns 15 anos ou até mais.

 

Como está o Mosh hoje? Que tipo de trabalho acontece hoje neste tipo de estrutura?

Vou falar a real: normalmente, em uma entrevista, vem aquele discurso otimista, mesmo que o cara não seja, e eu vou te falar: ainda tenho muita coisa para fazer por mim e pela música, mas não tenho mais saco de comprar nada, de aumentar, diminuir ou competir com estúdios mais novos. Já havia, antes da pandemia, uma tendência que hoje em dia se acentuou: gravação de áudio propriamente dita acontece muito pouco. Isso porque as gravadoras não gravam mais. Elas pegam o material que os caras gravam em casa e entregam o disco. Aí eles veem o que vai vingar e, se vingar, eles investem alguma coisa. E aí veio a tal da pandemia... Não fechamos nem um dia na pandemia. Continuamos trabalhando. Claro que menos, mas eu não tinha condição de dizer: parei. Então fui notando que está aumentando isso de trabalhar para filmagens e produtoras devido ao Mosh ter espaço físico. O que está agitando o Mosh é justamente a nossa estrutura, porque dá para fazer imagens. Hoje mesmo, o comercial que está sendo filmado aqui, da Ambev, nós alugamos a estrutura. Isso acontece com uma certa frequência. O valor que eu cobro para fazer um dia inteiro aqui para vídeo equivale a uma semana de gravação de música. Eles pagam muito melhor, e eu ofereço uma estrutura grande, tem toda uma parte de estacionamento, e normalmente eles montam três ou quatro barracas lá e tem comida, tem lanche, porque nesse tipo de filmagem vem muita gente, vem 30, 40 pessoas. No caso dos trabalhos que vem filmar no Mosh, em geral são coisas que tem a ver com a música. Tudo o que se refere à música e tem que ter cenário de estúdio somos sempre candidatos a fazer. Teve um anúncio de suco em que tinha uma banda que ia dublar alguma coisa que já foi gravada em outro lugar. Mas a gravação do áudio em si, isso está bem devagar.

 

E quando começou a sentir essa mudança de panorama?

Essa mudança de panorama vem, talvez, de dez anos, sete anos atrás... cinco anos no mínimo. Todo mundo grava em casa, e o pessoal começa a achar que não precisa mais do estúdio. Realmente, dependendo do que vai fazer, até não precisa. Lógico que tem coisas que não dá para gravar em casa. Ainda tem a sessão de cordas... Coisas que requerem mais espaço, porque voz, complemento, teclado, essas coisas todas você não precisa de espaço. Faz em linha e fica bom do mesmo jeito, vamos dizer. Às vezes até rola gravação de áudio e um pouquinho de live, mas muito pouco, porque live é outra coisa que  o cara encosta um celularzinho, põe um efeito e transmite ou então vai para um lugar muito grande. Nesse caso o artista pega e faz uma tremenda produção em um lugar tipo uma casa de show. Isso aí também tem muita gente no mercado. Tem muita gente trabalhando com vídeo, talvez até mais que com áudio, isso é importante dizer... Os caras tão se matando aí.

 

Os estúdios grandes acabaram ficando, de um tempo pra cá, nas mãos dos independentes. Então, hoje em dia, temos gravação de áudio com menos frequência e trabalhamos bastante essa parte das produções e filmagens.

 

Isso vale quase uma semana de trabalho em relação à Jobs de música. Hoje eu não trabalho mais por hora. Quando o cliente liga e pergunta: “quanto tempo custa a hora?” digo que não trabalhamos mais por hora, trabalhamos por job.

 

Isso do vídeo vem desde o DVD, não é? Desde que o DVD que o audiovisual entrou forte no mercado da música.

Você sabe que o Mosh foi um dos pioneiros, ou talvez até o pioneiro, nessa história do DVD, quando comecei com autoração. Eu não fazia a filmagem, mas recebia tudo pronto e montava o DVD aqui junto com o Carlos de Andrade, da Vison. Aliás foi o Carlão que me botou nessa. Eu fui comprar, em 98, o sistema de autoração que ele vendia. Foi uma história longa, nós fizemos muitos trabalhos para a Universal, Som Livre...  Fizemos um monte de Roberto Carlos, Caetano Veloso... Coisa grande, né? O Max Pierre (Diretor de A&R da Universal Music entre meados dos anos 90 e 2007) sempre quis fazer coisas de primeira.

 

Voltando para a música, o Mosh teve uma participação muito importante naquele momento do sertanejo dos anos 90, não é?

Acabamos meio que sendo o lugar do sertanejo porque os grandes gravaram aqui. Aliás, o Zezé di Camargo e Luciano vão estar aqui ensaiando o show deles na semana que vem (a entrevista foi gravada no início de setembro). Serão três dias com a equipe deles. Vão fazer, acho, o primeiro show depois da pandemia. Só deles foram 28 discos aqui. Coisa pra caramba. E eles venderam 60 milhões. O Mosh teve essa participação no sertanejo, mas o sertanejo não foi tudo.

 

Sim, todo mundo da MPB inteira dos anos 90 e 2000 gravou aí.

Todo mundo não, mas muita gente. No Rio também tem a Cia dos Técnicos, o Liminha, no Nas nuvens... Mas foi muita gente.

 

Milton Nascimento, Caetano, Gil... Do Milton a gente mixou um disco inteiro, Roberto Carlos também mixou um disco aqui, Rita Lee, Guilherme Arantes... Desde a virada dos noventa até, mais ou menos, 2007, 2008, 2010, gravamos gente de tudo quanto é lado. BB King esteve aqui no Mosh gravando. Black Eyed Peas, em 2004, pela Universal, gravando música do Sergio Mendes, ficaram aqui no Mosh durante 15 dias.

 

Mas nos últimos anos o sertanejo universitário voltou ao topo das paradas com muita força. Essas pessoas não procuram um estúdio como o Mosh pra gravar?

Aí eu te conto certinho... O ponto de virada... Mas isso vem lá de trás. Quando começou o sertanejo universitário, 2004, 2005. Os primeiros foram Victor e Léo. Logo no início a Sony Music me deu o Borboletas, deles, que foi feito inteirinho no Mosh. Mas essa turma toda que é do Victor e Léo pra frente - o Luan Santana, Jorge e Matheus, além das mulheres, Marília Mendonça, Maiara e Maraísa, Simone e Simaria, que não saiam do estúdio quando eram backing vocals do Frank Aguiar - o que aconteceu?

 

O centro das gravações era São Paulo e um pouco o Rio. Só que eles começaram a trabalhar em estúdios de Goiânia(GO). Todos eles são de Mato Grosso do Sul, Goiás e foram criando os estúdios deles próprios e das turmas deles. Isso na área sertaneja, e o sertanejo pagava muito. O estúdio estava sempre lotado com, sei lá, 60% sertanejo.  

 

Qual o perfil que está gravando música hoje no Mosh?

É variado. Hoje o sertanejo quase não existe aqui. O que era 60% do sertanejo hoje é 10%, estávamos fazendo um pouco mais de funk também. Entrou mais rock, MPB, fizemos disco de Cesar Camargo Mariano, Sá & Guarabyra, mas não só isso.

 

Aí também tem máquinas para todo o tipo de fita. Vocês trabalham também com remasterização, não é?

Exato. Eu sempre fiz transcrição. Mas em 2012 a Sony me chamou para resolver um problema por conta do armazém da empresa, onde estavam as fitas, que inundou. Tinha afetado coisas até do Roberto Carlos, e aí fui aos EUA respondendo não pelo Mosh, mas pela Sony. Peguei um trabalho de restauração que só do Roberto Carlos foram 880 fitas. Deu uns seis anos de trabalho. Ainda da Sony teve Zezé Di Camargo e Luciano, da Angela Maria... fiz uns 1200 tapes. Foram mais de 2000 tapes digitalizados com os canais abertos. Mas não é só da Sony. Estamos fazendo da Line Records, que é do Rio, também fizemos coisas da TV Cultura. Eu tenho todas essas máquinas analógicas... tem de 24 canais, de ¼ de polegada, temos de meia, temos de 4 canais, 8, 16... É um museu aqui. E eu adoro.

 

Meu hobby é fazer manutenção. Tenho também mais dois técnicos que trabalham comigo, e procuramos manter isso tudo funcionando.

 

Dá para manter. O Mosh já é absurdamente enorme para um estúdio de gravação, tem 2200 metros quadrados de máquina e sala e não tem mais trabalho para tudo isso. Mas eu mantenho as coisas funcionando, não vendi nada. Estou no meio da chuva aí pra me molhar.

 


Oswaldo gosta de fazer a manutenção de equipamentos. Certificado do curso daStuder que fez na Alemanha.

 

 

Você tem um selo?

Sim, eu tenho um selo, o Mosh Music, mas eu só subo as músicas nas plataformas. Eu não divulgo. Para isso tem realmente montar uma equipe . Devo ter uns 50, 60 discos em catálogo, o que é muito pouco. Eu achava que talvez o selo fosse a saída. Há uns anos atrás eu cheguei a preparar uma sociedade na qual iriamos contratar uma equipe e fazer o tal do 360, empresariar artistas atambém, mas acabou não rolando. Mas existe. A gente chama a equipe pra gravar as músicas e entrega o material mas o artista faz a parte da divulgação. Se ele subir as músicas pela Mosh Music eu não vou poder investir (em divulgação).Subir não me custa nada. A música entra nas plataformas, e aí o artista busca a divulgação, paga uma  equipe para fazer o clipe... Aqui dentro tem espaço também para fazer vídeo e live. Também sou produtor musical. Tem uma cantora e mais um garoto que estou produzindo que era de um desses programas da Globo, o The Voice, que já é produção nossa.

 

E essa volta de vinil, é algo que tem um potencial real de influenciar no mercado fonográfico?

Me perdoa, mas não tem volta de vinil. Isso é papo furado. Imagina se o vinil pode levantar uma indústria fonográfica? Inclusive eu sei como funciona fábrica e também sou musico ... é ruim, me desculpa. Tudo papo furado. Perto do que a indústria fonográfica já foi o vinil representaria o que? Isso aí é mais para fazer onda.

 

E você nunca fez algo, no Mosh, de ensinar gravação?

Fiz sim. Há quatro anos atrás tentamos fazer um negócio desses. Uma escola de produção. Não foi um fracasso. Fizemos umas três vezes, mas cheguei à conclusão de que isso não era o caminho também. A parte financeira não cobria.

 

Quais são os planos para o futuro?

Eu não posso dar um panorama muito otimista. Não quero parar e também não posso. Mas não tenho mais paciência para conversa mole. Mas aqui já demos certo. Não temos mais nada a provar. Outro dia aqui veio uma menina aqui, uma influenciadora... Ela queria ensinar a empresa a se divulgar melhor no Instagram. Assim, meio sem querer, ela falou que ia ensinar como tinha de fazer para o Estúdio dar certo. Então eu, muito educadamente, falei para ela que não tinha essa do estúdio dar certo, que o estúdio já deu certo. Mas estamos em uma Incerteza total no meu modo de ver. Vamos esperar e ver o que vai acontecer. Estamos agora com uma sala nova para atender ao setor corporativo e também a área de produções musicais, videos, clipes e lives, por exemplo. Mas fazer dinheiro é fácil, quero ver fazer história. Vai ser difícil outros fazerem o que o Mosh, a Cia dos Técnicos e o Liminha, no Nas Nuvens, por exemplo, fizeram.

 

 

 

 

 

 

Para saber mais acesse:

http://www.mosh.com.br/wearemosh/

https://www.facebook.com/moshstudiosoficial

 

 

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