Tudo o que eu investi no Mosh veio da música, não foi família que me emprestou. Eu ganhava dinheiro e investia no estúdio.
Inclusive os Pholhas hoje tem quase 100 milhões de visualizações na internet, em várias publicações. Se você entrar no Youtube você vai ver. Tem um vídeo com 30 milhões de visualizações.
Com o tempo as gravadoras viram que isso dava muita despesa e era mais fácil eles contratarem estúdios de terceiros porque, às vezes, a gravadora tinha o próprio estúdio e o artista queria gravar em um outro lugar. Então acontecia a situação na qual a gravadora estava com o estúdio dela parado e pagando um outro porque o artista não queria gravar no dela,
Todo mundo sabe que a época áurea dos estúdios foi dos anos 90 até 2005, mais ou menos uns 15 anos. Todos os estúdios gravavam. Estava tudo sempre lotado, no Rio e em São Paulo, gravando pra caramba. Isso foi uma época áurea que perdurou uns 15 anos ou até mais.
Os estúdios grandes acabaram ficando, de um tempo pra cá, nas mãos dos independentes. Então, hoje em dia, temos gravação de áudio com menos frequência e trabalhamos bastante essa parte das produções e filmagens.
Milton Nascimento, Caetano, Gil... Do Milton a gente mixou um disco inteiro, Roberto Carlos também mixou um disco aqui, Rita Lee, Guilherme Arantes... Desde a virada dos noventa até, mais ou menos, 2007, 2008, 2010, gravamos gente de tudo quanto é lado. BB King esteve aqui no Mosh gravando. Black Eyed Peas, em 2004, pela Universal, gravando música do Sergio Mendes, ficaram aqui no Mosh durante 15 dias.
O centro das gravações era São Paulo e um pouco o Rio. Só que eles começaram a trabalhar em estúdios de Goiânia(GO). Todos eles são de Mato Grosso do Sul, Goiás e foram criando os estúdios deles próprios e das turmas deles. Isso na área sertaneja, e o sertanejo pagava muito. O estúdio estava sempre lotado com, sei lá, 60% sertanejo.
Meu hobby é fazer manutenção. Tenho também mais dois técnicos que trabalham comigo, e procuramos manter isso tudo funcionando.
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