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SUMÁRIO / Sumário

Retomada

19/11/2020 - 18:20h
Atualizado em 01/02/2021 - 17:49h

 

Aconteceu em São Paulo o V Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos. O  encontro foi promovido pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE nos dias 17 e  18 de novembro no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, em São Paulo.  Com o tema "Juntos por uma retomada consciente", o congresso reuniu nomes do show business para discutir e debater diversos assuntos relacionados a toda a cadeia produtiva de cultura e entretenimento do Brasil. O foco foi a retomada do segmento, um dos mais impactados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

 

O empresário e presidente da ABRAPE, Doreni Caramori Júnior, reforçou a necessidade de um diálogo entre entidades e governos que tenha como foco o planejamento do futuro do segmento. “O nosso setor é altamente impactante no PIB e na geração de empregos. Envolvemos cinco milhões de empregos formais e informais em todo país que estão parados. Não queremos esmola, queremos trabalhar. Precisamos ter clareza, um planejamento dos próximos passos. Queremos o apoio dos governos federal e estaduais para deixarmos de ser invisíveis. Evento envolve planejamento, venda. Está mensagem precisa ecoar pelo país”, declarou.

 

O evento teve, durante a abertura, a participação do secretário especial de Cultura do Governo Federal, Mário Frias, que fez um apelo para governadores e prefeitos de todo o Brasil olharem com atençãoa situação dos promotores de eventos. “A pandemia tomou uma proporção que ninguém imaginava e afetou principalmente a economia criativa, que movimenta 4% do PIB nacional. Estamos fazendo o possível para auxiliar quem trabalha com cultura e entretenimento por meio de ações como a Lei Aldir Blanc. Mas é preciso mais. É importante que as atividades retornem, com responsabilidade. Precisamos voltar com os eventos e dar respeito e dignidade ao setor”, afirmou.

 

Lei Rouanet

 

Entre os assuntos mais importantes estava o futuro da Lei Rouanet, abordado no painel “Incentivos fiscais e as ferramentas de apoio do poder público ao setor de entretenimento e cultura”, realizado no primeiro dia de programação do Congresso. “Eu falo bem da Lei Rouanet. Vocês sabem quantas formalizações foram realizadas por causa dela? Mais de um milhão de MEIs que passaram a emitir nota fiscal. São artistas e toda uma cadeia de trabalhadores que atuam no segmento”, disse Sergio Ajizenberg, da Divina Comédia - Agência de Marketing Cultural em São Paulo.

 

André Porciúncula Alay Esteves, secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, afirmou que o atual governo compreende a importância da lei, apesar do mau uso e má gestão em alguns casos. “É dinheiro público de renúncia fiscal e precisa ser aperfeiçoada. Quando o presidente fala sobre o fomento, a preocupação dele é com o Brasil profundo, daquele artista de pequenas cidades que não são atendidos pelos mecanismos de fomento. É um equívoco o discurso de que este governo não apoia a cultura. Temos uma visão que é preciso quebrar os monopólios dos grandes players, apoiar os artistas do interior”, salientou.

 

 

Outros temas como associativismo, atualização e Interação jurídica e comportamento do consumidor também foram destaque. “No dia 13 de março, quando o meteoro caiu cima do nosso setor, com alguns eventos sendo cancelados na montagem, começamos um trabalho de união das entidades em torno de medidas protetivas. Juntos conquistamos muitos avanços. O associativo é um dos grandes legados da pandemia”, destacou Fátima Facuri, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC) durante o painel “Associativismo de Resultado – Como Associativismo pode gerar resultado concreto aos associados e quais os resultados práticos”.

 

Outros debates do primeiro dia

 

Na  mesa “Atualização e Interação jurídica – Especialistas apresentam o que há de mais atual no direito do entretenimento”, Danyella Morais Soares, da  Work Show, afirmou que a pandemia foi um grande aprendizado: “Vieram as lives, os merchandisings, novos contratos que desconhecíamos que agora fazem parte do nosso cotidiano”.

 

No painel “Entendendo o comportamento do consumidor”, foi apresentada mais uma rodada da pesquisa que a ABRAPE vem realizando com financiamento da Ambev e apoio da Provokers para entender se as pessoas que costumavam ir a eventos antes da pandemia estão dispostas a retornar,  caso haja a liberação. No total, já foram nove levantamentos. “O momento agora é pensar em como gerar valor para os consumidores. As pesquisas realizadas pela Abrape, Ambev e Provokers mostraram isso. É o momento de ser criativo e ter boas ideias”, ressaltou Felipe Bratfisch, Head de Eventos da Ambev.

 

Segundo dia

 

O Congresso procurou demonstrar que as empresas do setor de entretenimento estão preparadas para retomar imediatamente as atividades. Ao participar do painel “Cases da Retomada”, Luis Fernando Davantel, CEO da WTorre, mostrou que é possível o retorno com segurança e responsabilidade: “Promovemos 45 atrações nos últimos quatro meses no Allianz Arena. Com isso, confirmamos que é possível realizar eventos com segurança, seguindo corretamente os protocolos. Em dezembro teremos o Expresso Natal no Allianz, que começa no dia 5 com um show da Claudia Leite”.

 

Luiz Augusto Nóbrega, da Luan Promoções, destacou no painel “Grandes espetáculos e grandes desafios em meio a pandemia” a força do associativismo. "A pandemia veio para unir o setor, o que nos faz pensar em dias melhores. Que os políticos se sensibilizem com o segmento e analisem caso a caso. Creditar a disseminação da pandemia com as reaberturas dos eventos é um grande equívoco. Tudo deve ser feito com muita responsabilidade", afirmou.

 

Aline Delmanto, gestora estadual de Turismo do Sebrae-SP, salientou que 98% de empresas atendidas pela instituição nos setores turístico, de eventos e de economia criativa foram impactadas pela pandemia, com queda de faturamento acima de 75%. “Mas houve muito aprendizado como o aprimoramento da gestão, qualificação da equipe, investimento em tecnologia e avaliação da sustentabilidade do negócio, disse.

 

O empresário e presidente da ABRAPE, Doreni Caramori Júnior, fez um balanço positivo do congresso: “Eu vi um grande engajamento e isso foi muito emocionante, pois fortalece o setor na retomada. Nós vamos voltar. Alguns se adaptaram com lives, eventos com distanciamento e protocolos que podem ser cumpridos. Outros estão esperando novas etapas de flexibilização. Nós vamos voltar com força, com mais aprendizado”, afirmou.

 

 

*Com informações da assessoria de imprensa da ABRAPE

 

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