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#TBT Backstage: Madonna com a Sticky & Sweet Tour no Brasil

27/08/2020 - 14:54h
Atualizado em 08/07/2021 - 14:28h

#TBT Backstage

 

A Revista Backstage sempre mostra os bastidores técnicos e arttísticos dos melhores shows internacionais. No TBT Backstage desta semana veremos como foi o show de Madonna no Brasil no final dos anos 2000. Na edição 171, de Fevereiro de 2009, Leonardo Carneiro e Carol Marq contaram os detalhes do show da rainha da música pop.

 

Boa leitura!

 

 

 

Reportagem: Leonardo Carneiro / Carol Marq | Fotos: Leonardo Carneiro / Danielle Santoro / Divulgação

 

Quando entrevistada pela revista “Vanity Fair”, em 1992, Madonna tinha 34 anos e estava cercada de polêmicas envolta de seu livro “Sex”, ao mesmo tempo em que lançava o álbum “Erotica”. Durante a entrevista, lhe perguntaram: “Quando você estiver com 50 anos e não puder mais usar o corpo, o que você irá fazer?” E ela, com a resposta na ponta da língua, disse: “Então eu usarei a mente”. Em 2008, aos 50 anos, Madonna voltou ao Brasil e mostrou que ainda pode usar o corpo, mas parece que optou por usar a mente. Na turnê “Sticky & Sweet”, que veio ao Brasil nos dias 14, 15, 18, 20 e 21 de dezembro, ela mostra que é não somente a rainha da reinvenção, mas da perfeição.

 

A estrutura de palco dessa turnê, no Brasil, foi simples e eficiente. O palco media 83m de largura por 42m de profundidade. Incluía uma rampa que ia até o meio do público, de 17m de comprimento por 12m de largura. Telões de LED, incluindo um stagebar com 54 luminárias. A iluminação foi padrão na turnê, com nove canhões de laser e 25 refletores de alta potência. O áudio ficou a cargo da empresa americana Eighth Day Sound que utilizou no PA o sistema Line Array da D&B Audiotechnik e o V Dosc da L’Acoustics. Nesta turnê também foi usado o novo console digital Digico SD7.

 


Tim Colvard e Mark Brnich

 

O show começa com uma introdução dos telões, mostrando o que está por vir. Um vídeo de animação em 3D de uma fábrica de doces é mostrado e o telão que era apenas um, começa a ser fatiado em diversas partes, e em seguida a palavra ‘Candy’ é soletrada e mostrada nos telões uma a uma dando início à primeira música, “Candyshop”, em que Madonna surge em um trono com um ar de “Willy Wonka”. Em “Beat goes on”, Madonna surge dentro de um carro conversível na metade da música que desliza sobre as rampas do palco e vai até o meio do público, no final da rampa.

 


O espetáculo conta com participações especiais nos telões de LED como as de Britney Spears na música “Human Nature”, Justin Timberlake e Timbaland em “4 Minutes”, Kayne West e Pharrel Willians respectivamente em “Beat Goes On” e “Give it to me”. No show realizado em Los Angeles, Britney e Justin apareceram pessoalmente e fizeram sua participação não só nos telões, mas também ao vivo bem como Pharrel Willians e Timbaland em Miami.

 

 

Na “Sticky & Sweet”, Madonna toca guitarra base com três modelos da Gibson: uma Les Paul preta, uma SG rosa e uma acústica. Com um set list bem variado de hits, o momento mais ‘rock and roll’ ficou por conta de “Ray of Light”, “Borderline” e “Hung Up”. As mais antigas “Into the Groove”, “La isla Bonita” (em uma mistura de sons e ritmos interessantes) e “Vogue” (em um remix utilizando como base a música “4 Minutes”), também não ficaram de fora. Sem sombra de dúvidas o momento mais empolgante foi com “Like a Prayer”, repaginada de forma dance e levando milhares de pessoas do Maracanã ou Morumbi a um estado de êxtase total, até mesmo com a chuva do dia 14, no Rio.

 



Outro momento memorável, em termos de tecnologias utilizadas no show, foi o da música “Devil wouldn’t recognize you” (música de seu mais novo álbum ‘Hard Candy’, outra produzida em parceria com Justin), em que Madonna surge envolta por dois telões cilíndricos, em cima de um piano. Os telões simulam chuva e gotas d’água, dentre outros efeitos. É possível ver Madonna lá dentro, entre os espaços dos LEDs dos telões. Em “4 minutes” mais um show de telões, em que Justin Timberlake interage virtualmente com ela, fazendo o dueto através dos telões que se dividem a cada segundo que se olha para o palco.


No final do show, antes da penúltima música, Madonna dedica o tempo antes de cantar “Hung Up” ao que é chamado de “request song”. Ela atende a pedidos do público para que escolham uma de suas músicas antigas e chega a escolher uma pessoa da plateia para escolher uma música para que ela cante à capela (sem acompanhamento), mas avisa: “Se escolherem uma que eu não goste, eu não vou cantar”.

 

 

O show termina em ritmo de total euforia com a música “Give it 2 me”, que nos dias 15 e 18 respectivamente no Rio e em São Paulo, Madonna usou uma camisa do Brasil feita especialmente para ela e presenteada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. No show do dia 21 em São Paulo, ao invés da camisa, seus bailarinos que apareceram sem camisa e enrolados na bandeira do Brasil, usada como saia, na música “Hung Up”.

 


A arte de se reinventar incorporou-se à Madonna, mudando de virgem à boxeadora, aos longos dos seus 25 anos de carreira, o que lhe rendeu a sua inclusão para o “Rock and Roll Hall of Fame”.


Quando questionada sobre seus 50 anos completados em agosto de 2008 (em total forma e disposição como podemos conferir), ela respondeu que não se preocupa com a idade e diz: “É mais um motivo para dar uma grande festa”.

 


 

Por Carol Marq
EQUIPAMENTO DE PRIMEIRA LINHA

 

Madonna encerrou a turnê multimídia, de duas horas, “Sticky and Sweet”, no Brasil, trazendo inovação em equipamentos, como controle de som para grandes shows em arenas, o que tornou sua passagem por aqui a mais cara de todos os tempos na história da música.

 


No quesito vídeo, nos painéis de LED, a composição das imagens e dos vídeos criados para cada música do set list garantiu, em alguns momentos da performance da Madonna, um show à parte. Os equipamentos de vídeo utilizados foram Mac Pro, mais backups. 17 telas de vídeo de alta resolução. Vários MacBooks e MacBook Pros. A maioria dos aplicativos usados foram PRG Mbox EXtreme Media Server, Adobe Premiere, After Effects e Photoshop.

 



O sistema de iluminação da turnê “Sticky & Sweet” foi deslumbrante. A intenção era levar Madonna mais próxima do público. Chefiada pelo designer Roy Bennett, a equipe que comanda essa parte de iluminação inclui também diretor Mac Mossier e programador Cory Fitzgerald.


O programador de lighting, Eckerman Troy, contou com a MA Lighting’s grandMA, entre outras tecnologias, como a Syncrolite large format lighting systems. Todo o equipamento foi fornecido pela PRG. O console grandMA tem capacidade de controle de moving lights, luzes convencionais e efeitos, assim como LEDs e vídeo, ele proporciona uma estrutura flexível e ergonomicamente agradável para programação e ambiente operacional, e é capaz de controlar um grande número de dispositivos.

 

 

 

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