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REPORTAGENS / Colunas

Muito prazer, Turcão! (By Chico Bento)

25/07/2023 - 17:36h
Atualizado em 26/07/2023 - 10:38h

 

Vamos lá para aquela volta no tempo, mais exatamente ao ano de 1976, na velha e querida Caçapava. Enquanto ralava no escritório de engenharia do meu primão Ferreti, eu conheci o Márcio de Sousa, sim, irmão do Maurício, e tocava bateria na sua banda...

 

Um pouco depois, 1978, comecei a participar das gravações da Turma da Mônica nas peças criadas pelo Márcio, o que foi um grande empurrão pro mundo do áudio. Me lembro muito bem do equipamento da Black & White, produtora da MSP, que eram 3 gravadores de ¼ plugados ao mixer e amp Quasar, um par de monitores Quasartb, aqueles gigantes que eu nunca mais vi por aí, um AKG D1000 e vamos nessa!!! Pelo menos eu tinha um Nagrapra mixar...

 

Contratado pela produtora, comecei a ter contato com os estúdios profissionais, nesse caso, o saudoso Estúdio Bandeirante, na Rua Cunha Gago em Pinheiros, onde meu brother David (não sei por onde ele anda hoje) já me inspirava a gravar e mixar de maneira mais pró. Não é segredo pra ninguém o encanto que a Turma da Mônica desperta em todos nós, e participar ativamente dos projetos do Maurício foi um ponto de partida que até hoje agradeço de coração.

 

Tempos românticos do áudio, onde até o “Sombolinha” roubou os tapes da nossa banda, em uma das edições do gibi da Turma... Ping-pong entre duas máquinas e um mic (sem Dolby... hahahaha). Disk Mônica, com um cara (leia-se Luiz Henrique Romagnoli) na central da Telesp e eu com um gráfico no estúdio encontrando a melhor sonoridade no telefone de gancho, bipar áudio visuais de slides, e por aí vai... Muitas aventuras em parceria com meu diretor Leão Waisman.

 

 

 

 

A coisa começou a ficar séria na peça “Mônica e Cebolinha no Mundo de Romeu e Julieta”, onde já gravamos tudo nos poderosos quatro canais do Bandeirante, com aquele compromisso de entregar um musical daquele porte...

 

Minha ligação com o grupo continuou firme e forte no filme “A Princesa e o Robô”, onde já gravei as orquestras e as partes mais clássicas, já como técnico do Vice-Versa, e toda a trilha incidental foi feita em um Teac 4 canais, tudo direto pra Moviola!!!

 

O apadrinhamento do Márcio e do Maurício foi um empurrão fundamental pra minha carreira como técnico, até chegar ao momento máximo de ser nomeado o “Turcão”, Engenheiro da Rádio do Chico Bento, onde o carinhoso apelido Paulo Kibe, dado pelo Maurício, foi aposentado. Definitivamente Turcão!!!

 

 

 

 

 

 

Maurício de Sousa é o Brasileiro que me representa... Um gênio, um cara muito importante na minha carreira, por mais que ele não saiba o quanto... Gratidão eterna ao Márcio tb, que me tirou da Praça da Bandeira direto para a Rua Tupi, nos estúdios da Black, e acreditou que um dia eu poderia dar certo.

 

Recentemente, encontrei o Maurício e disse para ele que eu queria acabar minha carreira lá, onde comecei, nem que fosse no almoxarifado. Enfim, Maurício sendo Maurício, me respondeu que o almoxarifado do grupo era um lugar muito bacana de se trabalhar!!! Hahahahahaha...

 

 

 

 

Gratidão eterna Turminha!!!

 

Até o próximo.

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