Enquanto a pandemia do coronavírus gera incertezas, as gestões políticas em torno do Projeto de Lei de Renda Mínima Emergencial continuaram acontecendo. O Senado aprovou, na quarta-feira, 01 de abril, a expansão do alcance do Projeto de Lei de auxílio emergencial por conta das consequências do coronavírus (PL 873/2020). Entre as várias emendas, está a inclusão da categoria de artistas e técnicos de espetáculos.
Como havia diversas emendas feitas ao texto que veio da câmara dos deputados como PL 1066/2020, incluindo categorias específicas, Gerson Tajes, o Alemão, presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, que também é conselheiro da Frente Parlamentar Suprapartidária em Defesa da Indústria da Música (Fremúsica), foi em Brasília ter uma audiência com o ministro do turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para garantir também a presença de músicos e técnicos.
Gerson conta ter tido o apoio do ex-senador Magno Malta e do senador Eduardo Girão para garantir a audiência com o ministro e a inclusão dos músicos e técnicos no texto. “Foi um trabalho para garantir que o músico não ficaria de fora da situação. Isto porque, como havia ficado, quem está de fora (do texto da PL) poderia dizer, ‘eu não vou ser contemplado’”, explica. Ainda de acordo com Gerson, todos os trabalhadores nas condições descritas no PL já seriam atendidos antes, independente do “esquartejamento” no texto promovido por deputados e senadores procurando ressaltar categorias específicas.
Mesmo não sendo representante de entidades relacionadas aos técnicos de espetáculos, Alemão procurou reforçar a inclusão deles no texto final da PL. “O que prevalece agora é a união, e não existe o show ser roadie, sem produtor, sem técnico, etc.”.
Sobre quando e como o dinheiro vai chegar aos beneficiados, Gerson afirma que não deve demorar a acontecer. “Em brasilia, estão finalizando a parte técnica para poder falar quando começa a liberação, mas acho que vai ser bem rápido. Estão só definindo se vai ser pela Caixa ou pelo Banco do Brasil para poder liberar, mas acho que não demora”, finaliza.